Quem conhece a Geny sabe, ela sempre tem sempre uma palavra de apoio, uma voz doce e uma vasta sabedoria para lidar com as situações. Geny Catarina Francisca Rodrigues Lopes é formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com pós-graduação em Saúde Pública pela Universidade de São Camilo em São Paulo e também Auditoria e Controladoria. Atuante na saúde, Geny acompanhou o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems/MT) desde sua criação e tem uma paixão especial por tudo o que envolve ajudar o outro. Confira a seguir uma entrevista especial com a querida Geny.
Cosems: Fale um pouco de você.
Geny: Eu sou esposa, mãe, vó, com formação acadêmica em Serviço Social e pós-graduação em Saúde Pública e Auditoria e Controladoria. Possuo vários cursos de aperfeiçoamento em gestão pública, controle social, atenção em saúde, desenvolvimento profissional e outros. Eu tive oportunidades de desenvolver vários cargos na gestão pública, participar de várias comissões, grupos de trabalhos e assessorias que contribuíram com as proposições de várias ações e serviços de saúde no âmbito nacional, estadual e municipal. Assim como ser facilitadora de várias oficinas, cursos, seminários, conferências que debateram, propuseram e deliberaram ações para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda contribui em pesquisas e produção de material didático de relevância para saúde pública.
Cosems: Conte-nos quando entrou para o Cosems/MT e em que área atua.
Geny: Eu tenho afetividade e uma afinidade com a missão do Cosems, semelhante ao que sinto pelo SUS. Acompanho as ações do Conselho desde o início da sua criação, em 1993 como gestora municipal. Participei mais efetivamente e continuei participando das suas ações, mesmo após a minha saída da gestão municipal, inclusive colaborando na coordenação de ações conveniadas com o Cosems, a exemplo de duas conferências estaduais.
Minha inserção mais efetivamente na equipe de assessoria técnica do Conselho se deu em 2009. Minha atuação se dá em várias áreas, até por que o Cosems tem um processo de produção mais inovador que as demais instituições, pois aqui também agregamos solidariedade e afetividade no nosso fazer. No Cosems não podemos dizer que temos funções definidas a exemplo de várias instituições ou empresas. Assim desenvolvo as orientações nas áreas da atenção à saúde (atenção básica, média, alta/ambulatorial, hospitalar, emergência, etc.), gestão de pessoas, de transporte sanitário, controle social, coprodução pedagógica das oficinas, coordenação dos apoiadores, representações na câmara técnica, comissões e grupos de trabalho e suporte aos eventos da instituição.
Cosems: Quais as maiores dificuldades que o Cosems/MT enfrenta em sua opinião?
Geny: Acredito que avançamos muito, mas muitas dificuldades ainda movimentam este colegiado, como: a fragilidade da compreensão de muitos gestores municipais de saúde sobre a importância deste colegiado para sua atuação como protagonista das ações do SUS municipal, regional; a insuficiência da capacidade dos prefeitos, de alguns setores da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) e do Ministério da Saúde perceberem este espaço colegiado de gestores da saúde como uma estratégia potente de desenvolvimento do SUS; a alta rotatividade dos gestores municipais de saúde; a falta de uma fonte de financiamento deste colegiado, como parte integrante do SUS, conforme a Lei 8080/90 e a lei 466/2012.
Cosems: O que você espera para o futuro do Cosems/MT?
Geny: Minha esperança é que este Conselho jamais perca sua essência. Que alimente a sua visão e missão. Que seja realmente um espaço de defesa do município, onde a vida pulsa concretamente, pois é lá que as pessoas moram. Que continue sua jornada em defesa do SUS, pois assim defende a vida. Que seja um coletivo de protagonistas da saúde pública, que mesmo com as diferenças não se exclua ou segregue ninguém. Que prevaleça o respeito, a escuta e o acolhimento, traduzindo em nobreza e generosidade, que nos fortalecem nesta missão de cuidar de vidas e sonhos de um povo.