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Organização da Rede de Atenção à Saúde, Centro Norte Mato-grossense

Publicado em:
2 de maio de 2024

Apresentaremos aqui os trabalhos que foram premiados durante o 1º Congresso de Secretarias Municipais de Saúde – modalidade 2. Hoje o nosso Cosems/MT traz um pouquinho sobre a experiência “Organização da Rede de Atenção à Saúde”, de autoria da Apoiadora da Região Centro Norte, Lilian Rosa Tavares da Silva Bernardo.

APRESENTAÇÃO

O projeto Saúde Redes é inspirado na estratégia “Mais Cuidado Mais Saúde”, realizado na 22ª região de saúde Paraná, cuja sede é o município de Ivaiporã. A estratégia foi uma ação regional voltada para o fortalecimento da governança regional e a organização da rede de atenção à saúde, desenvolvida em parceria com OPAS/OMS e MS. Após experiência exitosa no Paraná, o projeto é adaptado ao contexto PROADI-SUS a pedido do Conasems, onde o
Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Hospital Sírio Libanês estão executando o projeto no âmbito do PROADI-SUS. Na execução do projeto pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), foram assumidas duas regiões de saúde: Alto Acre/AC e Centro Norte/MT. A região do Centro Norte-MT composta por sete municípios: Alto Paraguai, Diamantino, Nobres, Nortelândia, Nova Maringá, Rosário Oeste e São José do Rio Claro. O município de Nova
Maringá não aderiu ao projeto. O projeto Saúde Redes veio com o intuito de apoiar estratégias para o fortalecimento da regionalização, da gestão e do cuidado em rede em municípios de pequeno porte, com o objetivo de qualificar gestores e equipes técnicas da saúde, apoiar a construção de proposta de estratégias de qualificação da gestão para
organização da rede de atenção à saúde. O Cosems/MT foi participativo de todo processo do Projeto Saúde Redes, desde a implantação, a orientação da escolha do ativador regional pelos gestores e acompanhamento de todas as ações pelo apoiador regional do Cosems na Região Centro Norte.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL: Aprimorar a governança e a organização das redes de atenção em municípios de pequeno porte Qualificar as ações de gestão e fortalecimento do processo de regionalização.

OBJETIVO ESPECÍFICO: Qualificar gestores e equipes técnicas da saúde Apoiar a construção de proposta de Estratégias de qualificação da gestão para organização da rede de atenção Qualificar a ferramenta matricial como articuladora na comunicação entre os pontos da rede de atenção local e regional Produzir e disseminar conhecimento das experiências locais.

METODOLOGIA 

O Projeto Saúde Redes foi desenvolvido no período de fevereiro a novembro de 2023, com ciclo conhecer e priorizar. O grupo de trabalho – GT é com atores municipais com configuração regional. Durante o período foram realizados 5 encontros locais, 1 encontro para apresentação das experiências. A propostas discutidas e pactuadas no processo do
Planejamento Regional Integrado – PRI, na construção da DOMI (Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores) subsidiam a discussão com o Projeto saúde redes, em um movimento de sinergia, facilitando a identificação dos macroproblemas. A elaboração do caderno de informações em saúde da Regiões Centro Norte, foi possível também visualizar a situação de saúde da região, servindo como disparador para muitas análises construtivas. Foram
observados os dados de taxa de mortalidade infantil, sendo que a taxa regional é maior que taxa estadual e nacional, sendo observado também que a preferência predominante do tipo de parto, com uma média de 60%. Na referência para saúde mental, falta um CAPS regional e muitos municípios são notificados judicialmente para que atendam a demanda de surtos e internações. O Projeto Saúde Redes surpreendeu positivamente os municípios quando
colocados em lugar de protagonistas do processo, garantindo assim uma maior efetividade nas discussões e comprometimento com o papel estratégico designado. Já temos município com método estruturado que vem dando resultado positivo na ação do cuidado à saúde mental na atenção primária.

RESULTADOS

Com a implementação do Projeto Saúde Redes, e através da ferramenta de matricial foi possível elaborar do plano de trabalho na execução da identificação dos casos de atenção à saúde mental. Dentro deste plano de ação está o MAPEAMENTO: Identificação de alertas para doenças de risco no território. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: Reestruturação do fluxo de atendimento em saúde mental por meio de uma sistemática, estreitando a relação entre
situações problemáticas e unidades de saúde. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO: Utilização da ferramenta para categorizar pacientes nas unidades básicas em níveis de risco – LEVE, MÉDIO e ALTO, permitindo a elaboração de estratégias diferenciadas de abordagem. INOVAÇÃO – TELESSAUDE: Integração de conhecimentos através da tecnologia, onde a telepsiquiatria entra em cena – teleconsultas, teleinterconsultas e teleconsultorias. Através
dessa abordagem, médicos de unidades básicas e psiquiatras colaboram em atendimentos conjuntos, compartilhando cuidados. DESAFIO/DESMEDICALIZAÇÃO: Desenvolvimento de estratégias para a retirada gradual de medicações em pacientes de alta.

CONCLUSÕES

Os resultados das ações nos municípios estão tendo impactos positivo. Onde o projeto terá continuidade no triênio 2024-2026 com qualificação da linha de cuidado na perspectiva regional, a partir das ações elaboradas em 2023.

PALAVRAS-CHAVES

Fluxo de trabalho, RAS.

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