Alguns trabalhos, apesar de não selecionados, ganharam destaque na Mostra do XXI Encontro de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso organizada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do estado (Cosems/MT). Um desses trabalhos foi “A participação do ERS Sinop na construção da política nacional de Vigilância em Saúde”, elaborado pela Elaine Alves da Silva e coautoria de Sirlei Franck Thies e Iraci Contro Boni. O trabalho envolveu a Comissão de Integração de Ensino e Serviço (Cies) Teles Pires e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) Sinop.
Com o objetivo de estender as discussões em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e desenvolver ações para a construção de uma Política Nacional de Vigilância em Saúde, a equipe de Vigilância de Saúde (VS) da ERS de Sinop realizou a 1ª Conferência Livre de Vigilância em Saúde (CLVS) a nível Regional. O evento aconteceu no dia 6 de julho e contou a participação de 103 pessoas, entre representantes dos municípios, usuários, gestão e trabalhadores da saúde. Esta etapa foi preparatória para as Conferências Municipais de Vigilância em Saúde (CMVS).
A equipe da ERS Sinop ainda participou e assessorou ativamente as CMVS realizadas nos 14 municípios da Região de Saúde Teles Pires. As conferências aconteceram no período de 15 a 31 de agosto de 2017 e abordaram eixos temáticos no contexto da integração dos programas de todas as vigilâncias: epidemiológica, sanitária, ambiental e saúde do trabalhador.
As CMVS realizadas nos municípios tiveram um público total de 1.504 participantes. Foram elaboradas 217 propostas encaminhadas via Conselho Municipal de Saúde para a 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), onde algumas delas foram selecionadas para a etapa nacional. Também foram eleitos os delegados municipais.
Como resultado do trabalho e engajamento, as pesquisadoras identificaram que o campo da Vigilância Sanitária (VS) é amplo e complexo, abrangendo o estudo das condições de saúde, a formulação de políticas públicas, a reorganização do processo de trabalho, bem como a avaliação das práticas e serviços de saúde. Nesse sentido, as discussões realizadas tanto na CLVS quanto nas CMVS reforçaram a responsabilidade sanitária dos entes federativos na busca permanente da construção de caminhos orientativos na perspectiva da universalização das ações de VS no SUS, fortalecendo sua capacidade antecipatória e preventiva.
